terça-feira, 31 de março de 2015
Zandoná e Sedano vencem na abertura do Metropolitano de Marcas & Pilotos
Instabilidade climática marca primeira etapa da temporada de 2015 em Cascavel. Categorias A e B formam grid com 21 carros. |
A chuva pontual tornou a primeira prova uma incógnita para os pilotos. “Só tinha chovido um pouco, a pista estava bem úmida e podia voltar a chover a qualquer momento”, lembrou Marco Michelon “Tico” Romanini, também piloto da Stumpf Preparações. “A nossa aposta foi de que iria chover durante a prova, por isso larguei com pneus novos atrás e o carro acertado para pista molhada. Só que não choveu”, descreveu o campeão brasileiro de 2009.
Quarto colocado no grid, depois de ficar fora de toda a programação de treinos livres de sábado (28) por conta de um problema mecânico, Romanini ultrapassou Sedano na largada – ao mesmo tempo, foi superado por Zandoná, mantendo-se em quarto. “Estava difícil ficar na pista, porque se formou um trilho seco, o carro estava praticamente inguiável”, continuou o piloto da Stumpf Preparações, que tem apoio de Open Veículos e Abraplac Brasil.
Romanini permaneceu na pista até a 11ª das 23 voltas, quando teve de abandonar com problemas no motor – a quebra impediu-o de disputar a bateria final. Zandoná venceu a corrida, com Edoli Caús Júnior, da Caús Motorsport, em segundo. Os primos Natan e Guilherme Sperafico, inscritos pela Sérgio Ferrari Racing Team, foram terceiro e quinto colocados, respectivamente. A quarta colocação na bateria foi conquistada por Sedano.
Zandoná largou da pole e liderou a segunda prova até a 20ª volta. Teve de abandonar com problemas mecânicos. Caús assumiu a liderança por alguns instantes, mas abandonou duas voltas depois, com a quebra da suspensão. Guilherme Sperafico ultrapassou Sedano na última volta e assumiu a primeira posição, que acabou perdendo na última curva da corrida, por conta de uma falha na alavanca de câmbio – foi segundo, a 1s111 do vencedor Sedano.
Somadas as pontuações das duas baterias, a vitória na primeira etapa foi de Sedano. Leandro Zandoná terminou em segundo, com Guilherme Sperafico em terceiro, Natan Sperafico/Wanderley Faust em quarto e Edoli Caús Júnior em quinto. A segunda das seis etapas do Campeonato Metropolitano está confirmada para 3 de maio, mais uma vez no Autódromo Internacional Zilmar Beux. A expectativa é de que o grid reúna pelo menos 25 carros.
METROPOLITANO DE MARCAS – PRIMEIRA BATERIA
(Resultado final em Cascavel após 23 voltas)
1º) Leandro Zandoná (Ferrari Motorsport/A), Ford Fiesta, 33min15s207
2º) Edoli Caús Júnior (Caús Motorsport/A), GM Celta, a 1s659
3º) Natan Sperafico/Wanderley Faust (Sérgio Ferrari Racing Team/A), Ford Ka, a 8s666
4º) Marcel Sedano (Stumpf Preparações/A), VW Gol, a 9s141
5º) Guilherme Sperafico (Sérgio Ferrari Racing Team/A), Renault Clio, a 9s538
6º) Anderson Portes (Ferrari Motorsport/B), Ford Ka, a 16s021
7º) Fernande Valandro (Stumpf Preparações/A), VW Gol, a 16s527
8º) Vinicius Fagundes (Caús Motorsport/B), GM Corsa, a 37s492
9º) Juliano Silva (Juliano Silva Racing/B), VW Gol, a 40s604
10º) Marcelo Beux (Speed Car/B), VW Gol, a 49s677
11º) Rafael Paiva (Ferrari Motorsport/B), Ford Ka, a 50s450
12º) Edson Massaro (Speed Car/B), VW Gol, a 1min00s733
13º) Cleyton Cezarotto (B/Ferrari Motorsport), Renault Clio, a 1 volta
14º) Luiz Pagliato Júnior/Márcio Ocanha (Ferrari Motorsport/B), Ford Ka, a 1 volta
15º) Thiago Klein (Paraguay Racing Team/A), VW Gol, a 2 voltas
16º) Marcos Mocelin (Ribecar/B), VW Gol, a 3 voltas
17º) Paulo Bento (Ferrari Motorsport/B), Ford Fiesta, a 4 voltas
NÃO COMPLETARAM
Odair dos Santos (Paraguay Racing Team/B), VW Gol, a 7 voltas
Marco Romanini (Stumpf Preparações/A), Renault Clio, a 13 voltas
Luiz Fernando Pielak (Ferrari Motorsport/A), Renault Clio, a 13 voltas
NÃO LARGOU
Wyllian Cezarotto (Cezarotto Competições/B), Ford Fiesta
Melhor volta: Zandoná, 1min18s346, média de 140,515 km/h
METROPOLITANO DE MARCAS – SEGUNDA BATERIA
(Resultado final em Cascavel após 23 voltas)
1º) Marcel Sedano (Stumpf Preparações/A), VW Gol, 33min23s910
2º) Guilherme Sperafico (Sérgio Ferrari Racing Team/A), Renault Clio, a 1s111
3º) Natan Sperafico/Wanderley Faust (Sérgio Ferrari Racing Team/A), Ford Ka, a 6s450
4º) Paulo Bento (Ferrari Motorsport/B), Ford Fiesta, a 6s683
5º) Fernande Valandro (Stumpf Preparações/A), VW Gol, a 12s829
6º) Anderson Portes (Ferrari Motorsport/B), Ford Ka, a 20s954
7º) Vinicius Fagundes (Caús Motorsport/B), GM Corsa, a 23s429
8º) Luiz Pagliato Júnior/Márcio Ocanha (Ferrari Motorsport/B), Ford Ka, a 23s544
9º) Juliano Silva (Juliano Silva Racing/B), VW Gol, a 24s435
10º) Marcelo Beux (Speed Car/B), VW Gol, a 42s738
11º) Odair dos Santos (Paraguay Racing Team/B), VW Gol, a 43s040
12º) Luiz Fernando Pielak (Ferrari Motorsport/A), Renault Clio, a 1min17s286
13º) Thiago Klein (Paraguay Racing Team/A), VW Gol, a 1 volta
14º) Edoli Caús Júnior (Caús Motorsport/A), GM Celta, a 2 voltas
15º) Leandro Zandoná (Ferrari Motorsport/A), Ford Fiesta, a 4 voltas
NÃO COMPLETARAM
Rafael Paiva (Ferrari Motorsport/B), Ford Ka,a 7 voltas
Edson Massaro (Speed Car/B), VW Gol, a 12 voltas
NÃO LARGARAM
Cleyton Cezarotto (B/Ferrari Motorsport), Renault Clio
Marcos Mocelin (Ribecar/B), VW Gol
Marco Romanini (Stumpf Preparações/A), Renault Clio
Wyllian Cezarotto (Cezarotto Competições/B), Ford Fiesta
Melhor volta: Sedano, 1min18s674, média de 139,664 km/h
Texto: Luciano Monteiro
Foto: Cleocinei Zonta
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Automobilismo Virtual: Richard Valandro participa da 3a Etapa da Copa Petrobras de Marcas
Grid de Largada:
- Junior Becker
- Carlos Tassi
- Gustavo Vidal
- Sergio Pamplona
- Ike Ramos
- Renan Oliveira
- Rafael Barbosa
- Carlos Feuser
- Augusto Tristao
- Alan Marques
- Andre Neiva
- Ivo Kochenburguer
- Fabio Tranquilin
- Richard Valandro
- Rodrigo Dumont
- Adriano Tedesco
- Acacio Melo
- Diego Espindola
- Carlos Rocha
- Alfredo Silva
- Paulo Quintal
- Luigi Torres
Largada |
Resultado Final Não Oficial:
- Fabio Tranquilin
- Renan Oliveira
- Sergio Pamplona
- Ike Ramos
- Carlos Tassi
- Gustavo Vidal
- Carlos Feuser
- Carlos Rocha
- Acacio Melo
- Junior Becker
- Alfredo Silva
- Adriano Tedesco
- Alan Marques
- Richard Valandro
- Augusto Tristao
- Diego Espindola
- Luigi Torres DNF
- Rodrigo Dumont DNF
- Rafael Barbosa DNF
- Paulo Quintal DNF
- Andre Neiva DNF
- Ivo Kochenburguer DNF
O VT da corrida está disponível no YouTube: http://goo.gl/Q0BW3b
A próxima etapa está marcada para o dia 09 de março no Autódromo Internacional de Florianópolis.
A Copa Petrobras de Marcas T1 2015 é realizada pela Webrasil (http://webrasilrc.com.br/).
Site da Categoria: http://webrasilrc.com.br/portal/game-stock-car/copa-petrobras-de-marcas-t1-2015/
O piloto Richard Valandro tem o patrocínio de Atlanta Comércio de Madeiras LTDA (www.madeireiraatlanta.com.br) e apoio de Dental Channel (www.dentalchannel.com.br).
Texto e fotos: Assessoria de Imprensa do piloto.
Festival Brasileiro de Marcas e Pilotos 2013
Foto2
Foto3
Foto4
Classificação Paranaense de Marcas e Pilotos 2011 (marcas A), apos 2 etapas.
2a Etapa Paranaense de Marcas 2011 - Cascavel
Largada 1a Bateria 2a Etapa Brasileiro de Marcas / 7a etapa Copa Pinhais
2a Etapa Brasileiro de Marcas- Treino Classificatório- Curitiba
Brasileiro de Marcas - 2a Etapa - Curitiba - 2010
Programa Competição 10/09/2010 - Copa Pinhais
Fotos 2a etapa Paranaense 2010 - Cascavel
Largada 2a Etapa Paranaense de Marcas 2010 - Cascavel
Brasileiro de Marcas e Pilotos 2010 - Tarumã -3a bateria
Brasileiro/Gaucho de marcas e pilotos 2010 - Tarumã - 2a bateria
Brasileiro/Gaucho de marcas e pilotos 2010 - Tarumã-1a bateria
Fotos 1a Etapa Brasileiro de Marcas 2010 - Tarumã
Fotos 1a etapa Paranaense 2010 - Curitiba
2a bateria Copa Pinhais(2a etapa) / Paranaense(1a etapa) de Marcas 2010
Largada 2a bateria Copa Pinhais(2a etapa) / Paranaense (1a etapa) de Marcas 2010
Largada 1a bateria 2a etapa copa pinhais / 1a etapa paranaense de marcas 2010
Treino classificatório Copa Pinhais(2a etapa) / Paranaense (1a etapa) de marcas 2010
5a Etapa Copa Turismo Show 2009 - Câmera Onboard Paulo Giublin (com capotagem Fernande Valandro)
5a Etapa 2009 - Largada 1a Bateria - Capotagem
5a Etapa 2009 - Treino Classificatório - 1a parte
5a Etapa 2009 - Treino Classificatório - 2a parte
Fotos 5a Etapa
4a Etapa 2009 - Treino Classificatório
4a Etapa 2009 - Largada 1a Bateria
4a Etapa 2009 - 1a Bateria - 2a Parte
4a Etapa 2009 - Largada 2a Bateria
4a Etapa 2009 - 2a Bateria - 2a Parte
Fotos 4a etapa Copa turismo show 2009
3a Etapa 2009 - 2o Treino Oficial
3a Etapa 2009 - Largada 1a Bateria
3a Etapa 2009 - 1a Bateria - 2a Parte
3a Etapa 2009 - Largada 2a Bateria
Fotos 3a etapa Copa Turismo show 2009
2a Etapa 2009 - 1a Parte T. Classificatório
2a Etapa 2009 - 2a Parte T. Classificatório
2a Etapa 2009 - Largada 2a Bateria
500 km de Tarumã - 1975
500 km de Tarumã - 1975
Dando uma olhada numa Pódium Graphic, que peguei em mãos na última sexta (é do arquivo de uma família de pilotos, mas que ainda não posso dizer o nome, pois vem um Desafio em breve sobre eles), encontrei o resultado dessa prova e também algumas imagens.De acordo com a matéria, os "
Fonte das imagens: arquivo Luiz Borgmann e Pódium Graphic.
Passada a febre da Divisão 3, o país vivia um momento de redução de despesas. A crise mundial do petróleo obviamente afetou as competições automobilísticas e isso se refletia também na decisão dos pilotos e equipes sobre qual categoria participar. Após ficar algum tempo sem competir regularmente, Ricardo Trein optou por ingressar na Divisão 1, Classe C em 1977, onde corriam carros Opalas e Mavericks. O carro foi entregue aos cuidados de Paulo Mottola, da Motor Racing e a estréia seria em Brasília, na abertura do Campeonato Brasileiro. Além de Ricardo, os outros gaúchos que participaram da prova eram os pilotos Júlio Tedesco, também com Opala na Classe C e Carlos Alberto Petry, Aiser Hahn e Antônio João Rebechi na Classe A, todos com Passat. Abaixo uma imagem do Opala de Trein na prova de Brasília em 1977.
1978 foi um bom ano para o piloto. Já adaptado com a força do Opala, conseguiu bons resultados no Campeonato Gaúcho da categoria pela Equipe Buffet Sebastian/Natu Nobilis, terminando o ano como vice-campeão, atrás apenas do imbatível Júlio Tedesco da Equipe Tedesco Embalagens com seu Opala muito bem preparado pelo Gilberto "Secretário". Os outros adversários naquele ano foram Armir Valandro (Valandro Echer Ltda), Edgar Mello Filho (Ronaldo Bitencourt Competições), Cláudio Zanotto (Borella Randon), Henrique João Damo (Faprol), Marino Jorge Schunck, Antoninho Ferrari, Ronaldo Dornelles e Antônio Sampaio. Abaixo uma imagem do Opala #27 de Ricardo em Guaporé.
30 Anos de Stock Car - A Temporada de 1979 :
Apresento a seguir a lista dos pilotos que participaram da primeira temporada da Stockcar, em 1979. Notem que as informações da época omitiam o nome do piloto, portanto, só inclui os nomes daqueles que tenho certeza. Ao todo, 56 pilotos marcaram pontos nas 14 provas daquele ano. Nessa temporada inicial poucos foram os pilotos a participar com frequência nas provas - muitos eram pilotos locais, que participaram das provas no seu estado, muitos participaram de uma única prova. Convém lembrar que o calendário daquele ano incluía provas em Fortaleza, Cascavel e Guaporé. Se esqueci algum nome, gritem.
Paulo Gomes, Ingo Hoffmann, Zeca Giaffone, Afonso Giaffone, Raul Boesel, Alencar Junior, Joao Palhares, Camilo Christofaro Junior, Walter Spinelli, Mauro Sá Motta, Paulo Valiengo, L. Anglada, Reinaldo Campello, M. Leite, C. Ribeiro, Sidney Alves, I. Martins, J. Chaves, W. Ramos, A. Alexandre, M. Goncalves, P. Sanches, Jose Luis Nogueira, D. Rogerio, E. Andrade, Alfredo Guaraná, Luis Pereira, O. Araujo, Jose Carlos Tesla, N. Lacerda, Arthur Bragantini, A. Valandro, Walter Travaglini, G. Scovoli, D. Sobrinho, Jose Catanhede, L. Ponte, L. Donizetti, Julio Tedesco, F. Goncalves, Joannis Lykoroupolis, J. Moraes, A. Laekis, E. Resende, P. Bertinetti, E. Canabarro, L. Eduardo, Mario Amaral, Carlos Eduardo Andrade, J. Clovis, Raul Denigres, Mauro Turcatel, Samuel Neto, E. Villares, Edgard Melo Filho, R. Lucas, Carlos Scorzelli, J.R. Fernandes.
A temporada da Stockcar em 1979, XII A Nona Corrida:
Quase que a nona corrida da Stockcar, em 1979, termina mal. A prova foi a segunda realizada em Tarumã naquela temporada, no dia 14 de outubro. O ano estava chegando ao final, e ainda haviam mais seis provas programadas!
Somente quinze carros largaram na pista sulina. Não correram pilotos gaúchos. Nem mesmo Julio Tedesco, especialista em Opalas desde 1970, se inscreveu na prova. Os gaúchos, apesar de historicamente interessados por carros de motores de grande cilindrada, simplesmente não se interessaram muito pela Stockcar, desde o começo. Um nome ilustre entre os inscritos: Camilo Christofaro Junior, com carro preparado pelo pai.
Nos treinos, mais uma vez um Giaffone na cabeça, desta feita Zeca, seguido de Boesel e Paulão. O líder do campeonato, Affonso, largava em quinto, atrás de Ingo. Choveu muito no fim de semana da prova, e havia possibilidade de chuva no dia da corrida. De fato, na primeira bateria os carros partiram no seco, mas logo uma chata chuva fininha causou um pouco de acúmulo de água em certos pontos da pista, mas nada que preocupasse. A bateria foi bem disputada, e os quatro primeiros, Paulão, Boesel, Zeca e Affonso, estavam separados por menos de um segundo na bandeirada.
O problema em Tarumã foi o verdadeiro temporal que caiu na segunda bateria, ainda por cima com neblina. A maioria dos pilotos considerou a pista impraticável, mas a direção da prova ainda assim deu início à bateria. Um forte acidente na primeira volta desta bateria não convenceu os dirigentes da prova a interrompe-la. Caía tanta água que os pilotos tinham que limpar os embaçados pára-brisas com as mangas dos macacões, sem contar inúmeros motores falhando. Quem mais reclamava era Paulão, que ganhou a primeira bateria e a prova anterior, e quem sabe para não dar o que falar, os diretores resolveram continuar a corrida para não parecer marmelada pró-Gomes. Na décima primeira volta deram a bandeirada final, e assim Raul Boesel ganhou a sua primeira corrida do torneio, pois os dez segundos de diferença foram suficientes para despachar todos os outros concorrentes. Os pilotos ficaram muito revoltados com a falta de cuidado dos dirigentes com a segurança dos pilotos e assinaram um protesto no final da corrida.
Video da prova no youtube http://www.youtube.com/watch?v=TT8kg795VE8
Resultado final da nona prova
1. Raul Boesel , 27 v, 40m38.24s
2. Alencar Junior, 27v
3. P. Gomes, 27v
4. A. Giaffone, 27v
5. J.C. Palhares, 27v
6. J. Giaffone, 27v
7. P Valiengo, 27v
8. J.L.Nogueira, 25v
9. M.Mota, 25v
10. A.Valandro, 25v
11. R. Campello, 17v
12. V. Spinelli, 17v
13. I. Hoffmann, 17v
14. C. Christofaro Jr, 16v
15. C.A. Andrade NC
Situação do campeonato após esta rodada
1. Affonso, 155 pts; 2. Alencar, 129; 3. Paulão, 116; 4. Boesel, 83; 5. Zeca, 81
A Temporada da Stockcar, 1979, XVII, A Décima Terceira Corrida
Havia esperança para o automobilismo do Brasil. A corrida do Rio foi uma beleza. Belos pegas e ultrapassagens, tanto que a primeira bateria da corrida foi considerada a melhor corrida do ano no Brasil, com Boesel, Affonso, Paulão, Zeca e Ingo trocando posições, resultando em vitória de Ingo. Na segunda bateria Paulo Gomes reagiu, e na soma dos tempos terminou a corrida em primeiro, seguido de Raul Boesel, Alencar Junior, Ingo e Joao Carlos Palhares. Affonso chegara em 13° perdendo terreno para Paulão e Alencar de forma que a disputa pelo título ficaria acirrada.
Não sou supersticioso, mas a décima-terceira corrida do Campeonato da Stockcar de 1979, realizada em Cascavel, no Oeste do Paraná, foi azarenta, onde a confusão de instalou. Aqui o circo pegou fogo, mas não no bom sentido. Da prova linda e harmoniosa do Rio, com ultrapassagens leais e limpas, o clima no Paraná pareceu tenso logo de cara. Muitos dos 25 concorrentes do Rio resolveram não viajar para o Paraná, e de fato, só foram aqueles que absolutamente tinham que estar lá. Ou seja, só 13 carros participariam.
O barraco começou quando foi comunicada a desclassificação do carro de Alencar Junior, que marcara o melhor tempo nos treinos, justamente um dos fortes concorrentes ao título. O goiano havia instalado uma bomba de álcool de pickup Chevrolet, e o comissário Bruno Brunetti resolveu desclassifica-lo. Dai, começou o bate-boca. Questões técnicas foram debatidas, e no final das contas, a tal da bomba de pickup apresentou defeitos e Alencar instalou uma bomba igual à dos outros carros. Os comissários decidiram cancelar a desclassificação, colocando Alencar de volta na pole.
Isto enfureceu diversos outros pilotos, que exigiam a manutenção da desclassificação. O comissário Brunetti reuniu os concorrentes, Alencar o acusou de desonesto, Paulo Gomes tomou a palavra, todo mundo queria falar, e dai o centro das acusações passou a ser o presidente da Federação Paranaense de Automobilismo, Paulo Nascimento. O ultimato de um pequeno mas representativo e resoluto grupo de pilotos, que incluía Affonso e Zeca Giaffone, Ingo Hoffmann, Paulo Gomes, Paulo Valiengo, Mauro Sá Motta e Almir Valandro foi de que não participariam de prova se Alencar não fosse desclassificado.
Dizem que quando Jânio Quadros renunciou à presidência do Brasil, em 1961, o fez achando que as lideranças do País o chamariam de volta, e daí ele voltaria à presidência fortalecido, podendo governar o Brasil da maneira como queria. O maquiavelismo de boteco não deu em nada, ninguém o chamou de volta, Goulart assumiu, e o resto é história. Fi-lo por que qui-lo!
Nesse caso, o grupo de pilotos sabia que sem eles não haveria corrida no strictu sensu. Afinal, além de serem concorrentes importantes, eram oito dos treze pilotos inscritos, e mesmo que a palhaçada (a corrida) fosse realizada com cinco carros, poderiam embargar seu resultado nos Tribunais desportivos ou normais. Dane-se o público de Cascavel, que tanto gosta do automobilismo. Danem-se os patrocinadores. Dane-se o esporte.
O tiro saiu pela culatra. Os organizadores conseguiram arranjar dois carros locais, de Mauro Turcatel e Samuel Neto, este último equipado com ar condicionado, para perfazer o número mínimo que garantiria a efetivação do resultado. A politicagem não deu em nada. A corrida foi disputada com meros sete carros, embora iniciada com atraso (algo impensável na era da TV), para que os dois bólidos arranjados à pressa fossem “devidamente preparados". Raul Boesel acabou ganhando a sua terceira prova do ano, e Alencar Junior, que abandonara na primeira bateria e ganharia a segunda, marcou os pontos do 4° lugar.
Sem dúvida, este foi o ponto mais baixo do primeiro campeonato de Stock-Cars. Quem saiu perdendo com isso foi Affonso Giaffone, que liderava o campeonato desde o princípio, e agora fora ultrapassado pelo seu rival Alencar Júnior.
Resultado da 13a. etapa do Torneio Nacional Chevrolet de Stock-Cars
Cascavel, PR 9 de dezembro de 1979
1. Raul Boesel/O Globo, 32 v em 45m08,52s
2. Sidney Alves/Banconsorcio, 32 v
3. Valtemir Spinelli/Gledson/Coca-Cola, 32 v
4. Alencar Junior/Metalonita/HD, 24 v
NC Samuel Neto/sem equipe, 23 v
NC Carlos Eduardo Andrade/HD, 21 v
NC Mauro Turcatel/sem equipe, 21 v
Situação do Campeonato: 1. Alencar Júnior, 186 ; 2. Affonso Giaffone, 173 3. Paulo Gomes, 169; 4. Raul Boesel, 148 ; 5. José Giaffone, 107